sábado, 15 de agosto de 2009

Post 006 - Resenha de Cd - The X Factor - Iron Maiden

Bem, se eu escrevo sobre música nesse blog, a culpa é em 100% do Iron Maiden, a banda que me fez me tornar um fã assiduo de metal.

Porém meu gosto é deveras estranho, apesar de ser fã da formação clássica da banda também, sou fã em grande proporção da era "negra" da banda que durou de 1994 até 1998 e é sobre o percursor dessa época que irei falar hoje.

Como todo mundo tá careca de saber, Bruce Dickinson saiu do Iron Maiden por razões pessoais e assim começou a eleição e boatos sobre vocalistas e mais vocalistas para assumir o posto na banda mais respeitada do metal.

Mas para surpresa de muitos, foi o ingles Alexander Bayley Cook, conhecido mundialmente como Blaze Bayley que assumiu o posto de vocalista, Bayley havia excursionado com a banda durante a turnê do No Prayer For The Dying em 1990 com sua banda Wolfsbane que tinha um conhecimento médio no circuito ingles.

Assim sendo, muitos ficaram apreensivos, afinal Blaze não era conhecido por cantar as músicas no mesmo tom que seu antecessor, mas os fãs ficaram na espectativa para ver como o álbum iria vir.

E foi em outubro de 1995 que a prova de fogo foi lançada, The X Factor chegou como um soco na cara de muita gente, afinal as mudanças não foram só por conta do vocalista, a banda adotava um visual mais negro e sombrio, desde as fotos de divulgação ao desing do álbum.

O álbum abre com a sombria Sign Of The Cross, um épico de 10 minutos de duração, tensa e intensa, a música tinha poucas frases vocais, mas a performance de Blaze caiu perfeitamente para essa música, que mesmo depois de sua saida da banda, continuou sendo executada com maestria.

A sonoridade do álbum reflete bem a época que os componentes e em especial o big boss Steve Harris, que acabara de se separar de sua esposa, e estava a beira de encerrar as atividades da banda, e vemos isso mesmo em Lord Of The Flies, que é uma música com uma temática animada, mas que na sonoridade do álbum ficou meio como posso dizer, tensa.

O primeiro single da banda, Man on The Edge ficou em 10 º lugar nas paradas inglesas é sem dúvida uma das melhores do álbum misturando elementos do Iron antigo, com o já citado clima sombrio do álbum.

Fortunes of War, é um petardo que mesmo com a influencia progressiva que mais tarde se tornaria uma marca da banda, é uma música empolgante apesar é claro de trazer uma reflexão forte sobre a guerra.

Look For The Truth é em minha opinião a mais fraca do álbum, apesar de possuir um instrumental interessante e uma letra sobre medos internos bem explorada, se torna massante por conta dos exagerados "OOOOs" de Blaze durante toda a música.

Mas para compensar temos The Aftermath, mais uma que está fazendo falta no set da banda(apesar de eu achar que essa música não iria se encaixar com a voz de Bruce, mas..)com a reflexão de uma pessoa que lutou em uma guerra sem saber o porque de estar lutando, a música cresce de ritimo levando o ouvinte uma sensação de dúvida e revolta ao mesmo tempo.

Jugdement Of Heaven possui uma letra um tanto quanto pesada, e auto questionadora, mas que perde seu brilho pelo ritimo alegre da música, que não encaixou tanto com a letra quanto com o álbum, uma pena , se essa música tivesse essa letra com um clima mais pesado, seria uma exelente música.

Blood on The World's Hands é um dos pontos altos do álbum, e uma letra bastante inspirada retratando o caos em que o mundo está caindo, e que não temos para onde correr, e sua melodia bastante pertubadora e incerta da mais enfase a letra

The Edge of Darkness é uma música que leva as cavalgadas características da banda, que infelizmente não foi bem entendida pelos fãs, e sua letra completamente copiada do filme Apocalypse Now que ao invés de possuir frases baseadas no filme, leva as proprias falas do mesmo! Um ato meio que desinspirado apesar das frases se encaixarem perfeitamente com a música.

Temos em seguida a "balada" 2.A.M, eu particularmente gosto bastante da música, gosto da ideia de questionamento que ela passa, mas os fãs não apreciam tanto apesar de ser uma boa música.

O álbum fecha com a mediana The Unbeliver, que como propõe o titulo, fala de uma pessoa que foge de tudo desacreditada com a vida, a letra é boa, as frases de baixo também, mas a música em si não agradou tanto aos fãs, ja eu até gosto um pouco.

Porém ela poderia facilmente ser subistuida pelos b-sides do álbum, I Live My Way, Justice of Peace e Judgment Day, que em sua essencia são músicas rápidas e com grandes marcos da banda antigamente, vai entender esse Steve Harris né?

Na época, o X-Factor foi criticado e apedrejado por muitos, mas muitos depois de ouvir o álbum com muito mais calma, viram o quão bem produzido e bem composto ele era, o próprio big boss diz que ao lado de Seventh Son e The Number, X- Factor é o álbum que ele mais gostou de ter feito.

Se você ainda tem dúvidas, ou preconceito com Blaze, de uma ouvidinha com mais calma, deitado no seu quarto e viajando nas letras, garanto que você não irá se arrepender.

The X- Factor - EMI records 1 de outubro de 1995

Formação

Blaze Bayley - Vocal

Dave Murray - Guitarra

Janick Gers - Guitarra

Steve Harris - Baixo

Nico Mc'Brain - Bateria

Produção - Steve Harris e Nigel Green.

Track List:

1- Sign Of The Cross
2- Lord Of The Flies
3- Man On The Edge
4- Fortunes Of War
5- Look For The Truth
6- The Aftermath
7- Judgement Of Heaven
8 - Blood On The Worlds Hands
9- The Edge Of Darkness
10- 2 A.M
11 - The Unbeliver

Nota do redator 8,0

Videos: (nota: Man on The Edge possui duas versões diferentes e uma extra apresentada no DVD Visions of The Beast)

Versão Original :



Versão alternativa:



Lord Of Flies

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