segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Especial: Além da aparência

Salve meu povo, cá estou de novo!

Eu estava lendo uma matéria no site whiplash.net sobre headbangers(erroneamente chamados pela massa de metaleiros)extremistas, que acham que o estilo é absoluto, e que tudo mais não presta, no final dessa postagem vou deixar o link para que vocês possam ler.

E entre um combo e uma caça na internet me veio muito o que comentar sobre o assunto, dado principalmente os últimos acontecimentos sociais envolvendo a minha pessoa, que a humanidade ainda tende muito a seguir a ideia de julgar um livro pela capa, eu mesmo faço isso, e todo mundo já fez isso uma vez na vida,mesmo que involuntáriamente, mas não estamos aqui para julgar.

O que me chamou bastante a atenção foi o fato de que os fãs, sejam eles de quadrinhos, música whatever podem chegar a um nível de fanatismo ridículo, para citar exemplos clássicos: John Lennon e Dimebag Darrel, que foram mortos por fãs que não aceitaram a ideia de ver suas bandas prediletas sendo desmanchadas.
Recentemente fora anunciado que Ben Affleck seria o novo Batman nos cinemas, quem viu o Demolidor ficou tremendo de medo com a notícia, afinal ninguém leva fé no ator(apesar de ele já ter ganho um oscar)e claro foi ameaçado de morte.
Em um caminho inversamente proporcional, existem aqueles que "endeusam" um artista a tal ponto que perdem a noção da realidade, entre pessoas que se cortam com o nome de um artista, feito muito comum entre bangers"posers" e fãs de Justin Bieber até aquelas que defendem o artista independente de como ele se comporte, como exemplo mais recente as fãs que acham que Miley Cyrus estava certa em fazer o que fez na premiação do VMA, onde apareceu com uma "roupa"(parecia mais que ela estava com a calcinha da avó)e se esfregou em um cara lá cujo eu não conheço(mas ele estava vestido de Bettlejuice).

Eu posso chamar essa atitude da Miley de "sindrome de Gaga" já que a cantora também faz aparições extravagantes para ser mais ameno, onde ela apareceu com uma roupa de carne no mesmo festival, entre outras coisas.

Mas Douglas,você é fã de metal, e lá os caras são tão extravagantes ou até mais ridículos quanto elas! Sim, não nego! Tudo tem um certo limite e é ai que entra a ideia que todo mundo poderia ter! Saber diferenciar o que é decente e o que não é e deixar a adoração pelo artista apenas pela sua música.

Um exemplo bem claro disso é a forma que os membros do Restart se vestem, parecem uma fusão de hipster com um pavão, tudo colorido e o mesmo bla bla bla que todo mundo cansou de falar pra criticar a banda.

Porém 90% dos críticos são fãs de metal e boa parte deles gosta de Iron Maiden, assim como esse que vos fala, mas sabiam que eles usavam roupas tão ou até PIORES que as do Restart?


Eram calças coladas, que pareciam retalhos do tipo que minha avó fazia, calças listradas entre outros.

Mas o que eu estou querendo colocar com isso tudo? Simples, a ideia de todo mundo olhar para o próprio umbigo antes de apontar o dedo para criticar algo que é normal do artista, em casos como o da Miley Cyrus, é até justo apontar o dedo, mas não usando seu estilo musical para justificar uma crítica contra ela, afinal é apenas um gosto e não existe nenhuma lei que diga que pessoas de estilos musicais diferentes não possam interagir.

Eu mesmo sofro desse mal, dado minha opinião muitas vezes extremista de anos atrás, muitas pessoas hoje se surpreendem quando falo que gosto de um Jazz ou um Samba, ressalto que apenas é o estilo de música que não escuto em casa, já que o Samba em si toca em tudo que é canto, mas que não tenho nada contra.

O problema é que para a maioria das pessoas, a partir do momento que falo que gosto de Heavy Metal, muitos me olham torto, perguntam se eu como morcego, ou perguntam se eu não gosto de mais nada e as vezes nem precisam olhar, basta me ver com a camisa de uma banda que pronto, eles acham que eu vou queimar uma igreja ou algo do gênero.

O problema que esse tipo de preconceito se dá não apenas com o meu estilo, basta alguém ver um funkeiro pra querer esconder o celular pensando que ele vai te roubar, ou simplesmente saca o fone de ouvido mais próximo para que não escute a música alta que o cara vai colocar no celular sem usar fone.

Eu tenho muitos amigos funkeiros, pagodeiros, sambistas, fãs de reagge, fãs de jazz e me entendo perfeitamente bem com eles desde que não comece aquela ideia de você tem que ouvir alguma coisa além disso, ou que eu tenho que dançar mais, porque por mais que a intenção seja boa, as pessoas tem um pequeno bloqueio no que dizrespeito a sair de sua zona de conforto.

Mas dai entra outro quesito: As aparências enganam, como eu mesmo disse, sou amigo de funkeiros, mas ao olhar para eles você não acredita que eles sejam, pois se vestem socialmente, o que eu quero dizer com socialmente? Simples, usando uma combinação de roupas imparcial, nada que chame a atenção, nem que diga sobre seu estilo musical, no caso dos funkeiros, bonés para trás ou de aba reta, bermudas, pelos da perna etc.

Quase todos meus relacionamentos se dão com mulheres que não tem NADA a ver com o meu estilo musical, e isso não me incomoda em nada, acho que muita gente tenha que sair dessa zona de conforto e pensar um pouco mais além, por que o cara que se veste de preto e não vai pro baile, pode ser tão inteligente e divertido quanto as pessoas que você está acostumado a sair, assim como o cara que se veste de preto pode olhar para uma mulher que está indo pro baile, mas ao conversar com ela pode ver que ela é até mais inteligente do que a garota que você estava de olho.

O último paragrafo pode ter soado meio "desabafo de relacionamento" mas isso se aplica a todos aspectos da convivência social, não precisa achar que está cometendo um sacrilégio ao dançar um pouco em um baile, ou em ouvir uma música que contenha uma guitarra mais pesada, afinal, você nunca vai saber se uma comida é boa se você não provar, então mais uma vez, deixe sua zona de conforto e vá conhecer outras pessoas, independente de ela estar com um chapéu de cowboy ou com uma camisa do Black Sabbath.

Cá está a matéria que eu disse:

http://whiplash.net/materias/opinioes/028180-childrenofbodom.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook

Pois bem povo, termino por aqui, até a próxima!

domingo, 18 de agosto de 2013

Arquivo 032: The Last Of Us




Boa noite galera!
Demorei um pouco menos a aparecer, apesar de estar um pouco distante da sede do blog devido a alguns problemas, mas vamos ao que interessa.

No começo do mês eu adquiri o game Last Of Us, o primeiro exclusivo do ps3 que eu comprei, anunciado no ano passado pela Naughty Dog, a empresa responsável por Uncharted, outro exclusivo do console, conhecido pela sua história e gráficos.

Pois bem, quando eu joguei Uncharted 2 me senti cansado devido a extensão do jogo, que não tem divisão de capítulos nem telas com rankings e derivados e essa temática se mostra presente em Last of Us, só que dessa vez nem ao menos uma aparição do número do capítulo acontece, a jogabilidade é direta e reta, sem pausas para loading entre o que seria uma fase e outra.

Bem, isso pode ser visto como um defeito ou uma qualidade dependendo de qual gênero de jogo você está acostumado,mas não vamos nos ater a esse tipo de detalhe, vamos falar do jogo, que antes de seu lançamento vinha ganhado diversas notas 10 em tudo que era review, e admito que isso me chamou a atenção, apesar de não ser um fator determinante para comprar o jogo(comprar o jogo só porque ele ganhou nota 10 em diversos sites que você visita, ou não comprar porque ele ganhou nota 0 nos mesmos é uma puta de uma infantilidade) me senti compelido a comprar e saber do que se tratava, já que a temática do "apocalipse zumbi" apesar de fatigada ainda me atrai.

O jogo toma início com Joel e sua filha em casa, como se fosse uma situação normal, derrepente a menina acorda com a ligação do seu tio procurando seu pai, e ela se vê em um inferno na Terra, todo mundo sai correndo e pessoas começam a atacar umas as outras com toques de canibalismo.

Joel,seu irmão Tommy e sua filha tentam fugir dali para uma zona segura, porém a menina acaba tomando um tiro por um enviado do governo, a cena é deveras tocante.

Logo 20 anos se passam, e o mundo se encontra em uma situação completamente precária, Joel agora é um traficante de drogas e comida, agora cada vez mais escassa na situação em que o mundo se encontra, cercado por criaturas mortais prontas para lhe devorar a cada instante, se formos comparar com todos os filmes que existem por ai, acho que Last of Us estaria mais parecido com Eu sou a Lenda, dado o fato de que as criaturas não são zumbis e sim outras divididas entre Corredores, Vermes e Estaladores, dos quais eu vou falar mais a frente.

Joel e sua parceira Tess saem para procurar um cara que havia roubado suas armas e mantimentos, e encontram Marlene, a lider de um grupo rebelde chamado de Vaga-lumes, que já estava perto do fim de sua existência, e ela pede que Joel e Tess levem Elle, uma garota de 14 anos até a base do grupo, Joel aceita relutantemente a missão e então o jogo começa com sua premissa básica.

Bem, você pode pensar que o jogo vai ter a mesma câmera de uncharted ou os saltos gigantescos e a munição abundante da série, tire seu cavalinho da chuva! Last Of Us é um jogo de sobrevivência, e consegue lhe colocar bem a par do que é realmente estar em um mundo pandemônico, logo a munição do jogo é absurdamente escassa, você só vai encontrar balas em poucos inimigos, ou em casas de arma ou em outros poucos lugares, e cada tiro tem que valer a pena aqui,pois cada munição está a quilômetros da outra, até mesmo as armas corpo a corpo são limitadas, quebrando após um certo tempo de uso, você pode montar armas mais fortes prendendo tesouras com fitas a um bastão de baseball ou a um cano, mas para isso você precisa achar a fita e a tesoura, e não pense que elas vem inteiras, você precisa achar umas 3 a 4 fitas ou tesouras para completar uma e fortalecer sua arma ou fazer facas.

Dentro do que você pode construir, existem bombas de farpas, de fumaça, coquetéis molotov e até mesmo seus kits médicos, tudo precisa ser feito, são poucas as coisas que podem aparecer inteiras pra você.

Bem, e além disso a escasses de itens se dá também aos itens necessários para evoluir Joel e suas armas, eles vem em uma forma MUITO escassa, de tal forma que você NÃO vai conseguir evoluir Joel nem a metade de suas habilidades na primeira vez que zerar o game, nem perca seu tempo tentando e nem fique frustrado com isso, como por exemplo, para se livrar do ataque de um estalador, você vai precisar de 75 pontos de experiência, só que o que você acha no game são no máximo 10.

E Joel não dispõe da habilidade de seu conterrâneo de empresa, Nathan Drake, sempre que ele ver uma plataforma alta ele vai ter que buscar o auxilio de uma madeira ou uma escada, usando sempre o parceiro que estiver a mão para poder passar para o outro lado.

Sim, os monstros, quase ia esquecendo deles.

Corredores: São humanos recém infectados, ainda não perderam totalmente o dom da visão, mas são relativamente mais fracos.

Estaladores: Esses sim vão lhe dar muito medo e dor de cabeça, tem seu rosto totalmente deformado pela evolução da infecção, perdendo totalmente a visão, porém sua audição é extremamente forte lhe obrigando andar em extremo silêncio, pois se um deles te pegar é MORTE! E a não ser que você tenha conseguido a habilidade de se defender deles e tenha facas em seu inventário, você vai pro beleléu!
Que coisa linda do papai!

Vermes: São os mais fortes dos infectados, possuem uma carapaça protegendo todo seu corpo e são igualmente mortais aos estaladores, além do 1 hit kill, eles também podem tacar bombas de esporos em você, drenando sua energia lentamente.

A ideia de se ter novamente o "1 hit kill" em um game, independente do quanto evoluído você esteja deu um toque de nostalgia ao game(afinal todos os games atuais tendem a ser mais fáceis para atrair jogadores novatos) e um desafio onde você vai se irritar bastante, mas ao mesmo tempo vai se sentir mais determinado a terminar o game, já que ele lhe prende de uma forma completamente espetacular.

E sim gráficos, a Naughty Dog sempre foi conhecida pelo primoroso trabalho com os seus gráficos, mas sinceramente em Last Of Us ela se superou, é impossível olhar as cutcenes e não ficar maravilhado com o alto nível de detalhes, a grama, a água, o detalhe do suor e da pele dos personagens, separei aqui em baixo algumas cenas para que vocês entendam o que eu quero dizer(apesar de ver o jogo ao vivo sempre ser outra história)






Bem, não vou entrar em totais detalhes quanto ao enredo para que não hajam spoilers, já que existem leitores do blog que ainda estão jogando o jogo, e eles podem me matar por causa disso, mas adianto duas coisas, não se apegue muito a personagens e fique preparado sempre para surpresas.

Fecho o post por aqui, vejo vocês na próxima!